segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CIDADÃO DE PARÁ DE MINAS RESTAURA CASARÃO EM LUZIÂNIA


Em visita ao restaurante Antigamente, que existiu no bairro do rosário, na década de 80, o empresário Cleber F. de Melo Franco, se encantou com a paisagem do lugar, e a partir desse contato visual e gastronômico, nasce o sonho de um dia vir morar em Luziânia Go. Chegou aqui, por estas parágens, la pelos idos dos anos de 1998 residindo no Casarão do Edir Monteiro, depois mudou-se para o antigo casarão do mestre D.J. de Oliveira, também situado na rua do rosário. Ali, relutou com todas energias aos obstáculos burocráticos, na tentativa de restaurar o velho casarão, o que se transformou numa batalha inútil, pois a falta do apoio das autoridades locais e mesmo dos legítimos proprietários do casarão, fizerão com que desistisse da idéia e procurasse outra morada, bem próxima dali. Uma casa de pequeno porte de número 421, com estruturas e características do modelo colonial, com apenas 05 cômodos e amplo quintal, seria o seu novo refúgio, o lugar do repouso, à sombra de velhas mangueiras onde ainda ouve-se o canto dos pássaros. Um acordo com os proprietários da casa, possibilitou a restauração da construção e algumas adaptação, que além de preservar as características originárias, acrescentou-lhe um certo clima do ambiente antigo, principalmente quando mobiliou os espaços internos com móveis de época e utilizou uma velha porta de aroeria carcomida para servir de suporte a uma TV digital, aliando conforto e história. Perguntado sobre se o seu gesto de restaurar e preservar podería influenciar outros moradores a agir da mesma maneira e assim melhorar a condição visual da rua, ele nos informa que “vinte por cento aprova sua idéia e que oitenta por cento é indiferente e que o principal fator que contribui para a preservação dos casarões resume-se em uma palavra, cultura”. Quem passa pela rua do rosário é despertado pelo novo visual que recebeu a velha casa de telhas de barro. A casa perteceu a Senhora Anisia Alves de Aguiar, filha de Benedito Alves de Aguiar e Ignês Alves Meireles. Neste casarão a Senhora Anisia, viveu por muitos anos ao lado do seu esposo Francisco Paulo de Araujo, exímio carpinteiro. O casal teve dois filhos, Milton Aguiar de Araujo e Mauro de Jesus Araújo, que residem no mesmo lote do casarão, em casa voltada para a rua São Benedito, paralela com a rua do rosário. Milton Aguiar, lembra-nos do quanto foi aconchegante e prazeroso andar pelo quintal em meio as jaboticabeiras e vasta plantação de café. Ele aprovou a iniciativa do senhor Cleber e nos alerta que: “O grande vilão das construções antigas é o trânsito contínuo de cargas pesadas que trafegam ali e que a reforma foi muito importante na preservação da memória de seus familiares, especialmente do seu pai e da sua inesquecível Anisia”.

sábado, 17 de outubro de 2009

OFICINA PATRIMONIAL CASARÕES EM MAQUETE


Ong Proteger de Luziânia apresenta o projeto oficina Patrimonial que vincula arte e cidade. O projeto foi apresentado a Secretaria da Promoção Social da cidade,protocolado na Coordenação do CREAS, no dia 29 de Julho de 2009, e aguarda o posicionamento do setor para dinamização das oficinas. O Objetivo principal do Projeto é desenvolver a capacidade criativa do educando, através do ensino de técnicas de desenho, da pintura, e tambem da confecção de maquetes dos casarões coloniais da cidade. Assim a idéia central imbuída no projeto, propõe a possibilidade da interpretação da realidade histórica e paisagística da região, dentro de um contexto global de transformações sociais e culturais, por que passam os grandes centros urbanos. Destinado aos alunos oriundos da rede pública de ensino, escolas particulares, e principalmente aos jovens em situações de rísco, a beira da marginalidade, vítimas de abuso sexual e público em geral. Seguno o autor do projeto "Os jovens, após frequentarem as oficinas poderão no processo de ensino, contribuir no resgate da auto estima, da construção da integração social, dos laços comunitários de amizade e solidariedade, e poderão buscar na compreenção, no conhecimento, a valorização da história do lugar,despertando neles, um certo apêgo e amor a cidade" conclui o artista, que tambem é presidente da ONG. Uma das justificativas fundamentais a que pautou-se na elaboração do projeto, foi a constatação de que a cidade, atualmente, ocupa as páginas dos noticiários e da mídia nacional, como detentora do alto índice de violência e criminalidade urbana, principalmente entre jovens e adolescentes. Os monumentos e aparelhos urbanos são constantemente depredados e as vêzes pinchados por grupo de vândalos ou jovens infratores, muitos em tenrra idade envolvidos na prática crescente do consumo de drogas e bebidas alcólicas.
Além do que a cidade, apresenta um rico patrimônio histórico em pleno declínio com parte de seus monumentos em decadência, por falta de políticas públicas de incentivo e valorização histórico-patrimonial, bem como de um plano de restauro e revitalização dos bens de valor históricos e artísticos na região. Esperamos que a cultura da prevenção, seja o remédio eficaz, e a prática dos serviços da arte, das oficinas de valorização do patrimonio histórico, possa contribuir na construção de um novo cidadão,de uma nova consciênncia urbana, que traga melhores dias, as gerações vindouras e as nossas cidades.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PATRIMÔNIO SUBTRAÍDO


Objeto de valor inestimável, foi subtraído do acervo da Casa da Cultura de Luziânia GO. Provavelmente no dia 03 e 04 Sábado ou Domingo de outubro de 2009. A garrafa Térmica de metal amarelo, pertencia ao acervo da Casa da Cultura da cidade e foi doada ao patrimônio municipal pela servidora Maria da Conceição Oliveira da Silva, no ano de 2005. Segundo a servidora “A garrafa era tida como um bem de grande estima, e utilizada como objeto de decoração, pois ficava na estante da sala por longa data". A garrafa veio da cidade de Paracatu MG e pertenceu ao bisavô de Sebastião Teodoro da Silva, ex-companheiro da servidora por mais de 23 anos.
No dia 04 de setembro de 2008, ás 16:00, foi solicitado através de memorando nº 1644/2008, uma relação de peças do acervo da casa da cultura, onde incluía a referida garrafa térmica, para compor ornamentação de evento de uma Secretaria municipal e que após o termino do evento a garrafa retornou ao seu lugar sem a respectiva tampa. Um levantamento realizado em maio de 2006 pelo Departamento de Cultura e Coordenação da Casa da Cultura possibilitou a catalogação dos objetos do acervo municipal, através de fotografias e códigos impressos em plaquetas de madeira de todo acervo histórico, o que possibilitou a identificação da peça subtraída. A plaqueta (fixada nas peça subtraída), foi apresentada no dia 05 de outubro de 2009 por uma moradora do rosário que a encontrou nas mediações da praça São Benedito no bairro do Rosário. A moradora, não quis se identificar. Este fato não constitui-se no primeiro nem no único, pois alguns meses atrás, precisamente no dia 30 de julho de 2007, foi roubada do acervo histórico um bombardine marca skvone, confecionado em metal amarelo semelhante ao bronze com o Código número 42-2. Este instrumento musical, pertenceu a banda de musica do Sr. Antonio Março de Araújo, mestre seu vô. O Fato foi registrado no CIOPS da cidade, e até o presente momento não sabemos do seu paradeiro. Todo esforço de catalogação, manutenção e vigilância, não estão sendo suficiente para conter a onda de perda, danificação e sumiço de objetos e documentos do acervo da Casa da Cultura. Um programa de valorização do patrimônio histórico se torna urgente, juntamente com adequação de equipamentos de proteção, com sistema de vigilância monitorada, poderá salvaguardar os remanescentes do passado histórico da antiga cidade de Santa Luzia.

sábado, 3 de outubro de 2009

CASARÃO D.J. OLIVEIRA ROMPENDO EM PEDAÇOS


Situado no bairro histórico do rosário, o velho casarão de arquitetura bandeirista, construído na técnica de pau-a-pique, com algumas parêdes em adôbe, alicerce em pedra tapiocanga, estrutura de madeira, especialmente a aroeira, não está resistindo a forte trepidação causada por fluxos intensos de veículos de cargas e equipamentos que constantemente trafegam pela Rua do Rosário. Parte de seu rebôco se desprende do adôbe, e as linhas de madeira, que compõe sua estrutura, tendem a se romperem, no que pode causar o desabamento de sua parêde frontal, colocando em risco e desequilibrio toda o restante do corpo da edificação. O inquilino que ali residia, mudou-se para uma casa logo em frente, tendo em vista a impossilidade de arcar com os custos da restauração. O Casarão pertenceu ao artista plástico D.J.Oliveira, paulista da cidade de Bragança, que veio para Luziãnia na decada de setenta, e passou os ultimos dias que antecederam sua morte,( setembro de 2005), envolvido com pinturas em telas neste casarão. O artista recebeu em setembro ultimo, por ocasião do anivesário de sua morte, intenssas homenagens na Academia de Artes e Letras do Planalto, com sede aqui em Luziânia, da qual o pintor foi um dos integrantes e frequentador assíduo. Propietário do casarão, o renomado artista D.J. Oliveira, foi mestre de grandes pintores da atualidade dentre eles, Siron Franco, Ana Maria Pacheco e a professora da UNB Grace Freitas. Em Luziânia foi incentivador dos artistas Hely Lopes e José Álfio, além de Japão, Diane e muitos outros. O pintor mencionou em entrevista, que mantinha o desejo de que este casarão se transformase em um museu, e que fosse preservado ali a história de sua carreira artística bem como de suas principais obras. O pintor deixou um valioso legado artístico e imagético aos moradores de Luziânia. Um painel em azulejos denominado Três Bicas, instalado na praça Raimundo de Araujo Melo, centro de Luziânia, além de ornamentar o Pedestal do Cristo Redentor com imagens sacras na técnica do afresco, e um belissimo painel localizado na entrada da Galeria de Arte do Ginásio de Esportes da cidade. O Casarão permanece com suas portas fechadas, cumprindo seu destino na paisagem, enquanto na mídia, na internete, noticia-se o país agraciado para sede dos jogos olimpicos de 2016. E na rua, um quadro dantesco, verdadeiro espetáculo do descaso com a questão do patrimonio historico e artistico nacional, perceptível não só pelo esquecimento de grandes valores que edificarão a nossa cultura, mas também na visualização das superfícies de reboco que se partem em pedaços por sobre a calçada do bairro histórico do rosario, onde morou o renomado pintor D.J. de Oliveira.