
O suntuoso e belo casarão situado na rua coronel Antônio Carneiro nº 448, localizado na antiga praça Guimarães Natal, logo atraz da Igreja Matriz, centro de Luziânia, teve suas parêdes pichadas por vândalos e marginais que depredam o patrimonio público, e poluem a cidade. Quem pensava que este tipo de agressão aos muros e parêdes so existia nas grandes metrópolis, assiste estarrecido ao ato de vandalismo com os monumentos da cidade, em especial aos casarões históricos que constituem as verdadeiras maravilhas de nossa paisagem. Os casarões nos contam uma história, e são testemunhos vivos, paupáveis e visíveis do passado da cidade, de nossa arte, de nossa arquitetura, e como no dizer de Americano do Brasil “ a arquitetura é o livro do homem dos antigos tempos” ( in: Pela história de Goiás. Pag. 41). O casarão pertence a familia do Sr. Emanuel Roriz (Mané de Seu Lau), ele nasceu em 15/08/1914 e faleceu em 05/02/1980. Casado com a Sra. Alzira da Conceição Roriz, tiveram varios filhos dentre eles o músico Emanuel Geraldo Roriz (Bréia), que tocava trombone na Sonata de Luziânia, por ocasião dos festejos em louvor ao Divino Espirito Santo. O casarão, compunha juntamente com os vizinhos, a triade dos mais belos monumentos da arquitetura colonial de Santa Luzia, hoje Luziãnia. Do seu lado direito eguia-se o casarão do senhor Joaquim Mendonça Roriz (Coronel Quinzinho), casado com Januária Tereza do Amor Divino, e que foi demolido na década de setenta para dar lugar a avenida Delfino Machado que liga a rua do comércio. Do lado esquerdo, na direção da Caixa Econômica Federal, seu amplo quintal fazia divisa com o casarão do Senhor Marculino Francisco de Araujo Melo (Sr. Birro), esposo de Eulália Elias dos Reis, este casarão foi demolido na decada de noventa, para no seu lugar, instalar uma feira de produtos do Paraguai, e hoje, ali funciona um estacionamento e lava-jato. Os poucos casarões que restão na cidade persiste em manterem-se preservados e conservados, frente aos atrativos da especulação imobiliária, entretanto é um momento de abrirmos as velhas canastras (se é que elas ainda existem) para salvar os registros da velha civilização, como no dizer da poetiza Cora Coralina,é preciso reescrever os atos e feitos do passado, antes que o tempo passe tudo a raso. Quanto ao ato de Vandalismo, é necessário repensar estratégias e ações da educação patrimonial, despertando nos jovens o interêsse pela história da cidade, da difusão do ensino das artes, almejando transformar pichadores em grafiteiros, depredadores em artistas e historiadores, verdadeiros defensores e protetores do legado histórico da cidade. (colaboradores desse artigo: Sr. Gilson Roriz e Lalaia Melo.) Por: José Álfio.