quinta-feira, 24 de maio de 2012

SERVIÇO DE REFORMA DANIFICA PAINEL DE D.J. OLIVEIRA.

SERVIÇOS DE REFORMA DANIFICAM PAINEL DE D. J. DE OLIVEIRA EM LUZIÂNIA GO.
(Pedaços de azulejos epalhados pelo chão vermelho. Foto: José Álfio, 2012) A ampla reforma que acontece na Praça Raimundo de Araujo Melo, onde está erguido o monumento das três bicas, obra do renomado pintor e acadêmico D. J. de Oliveira, já apresenta estragos tanto no mural de azulejos e também na paisagem que circunda a praça. Partes de azulejos foram quebradas e árvores frondosas arrancadas, com suas folhagens ainda no verde cintilante expondo suas raízes de forma assustadora. A provável causa do dano à grandiosa obra de arte pública pode ter sido causada pelos serviços de pesadas maquinas utilizada na execução da obra de reformas naquela praça. Pedaços de azulejos que compõem o mural partiram aos pedaços e espalharam pelo chão de terra vermelha, canteiro das obras. Um minucioso levantamento das estruturas de fixação dos azulejos, bem como do acompanhamento dos trabalhos deveriam ser previamente designados pelos órgãos de proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e pelos administradores da obra no sentido de preservar a integridade da principal obra de arte, deste gênero em Luziânia. A restauração do Painel três bicas, nome do monumento, já havia sido cogitada por um grupo de artistas locais, considerando sua fragilidade, tendo em vista a constatação de algumas peças já, há tempos, desprendidas da estrutura de concreto, no entanto esta prerrogativa não foi adiante, por falta de interesse político em relação ao painel e sua implicação na paisagem urbana. Da mesma forma, ações de prevenção e cuidados com o mural não foram empreendidas, no andamento das obras atuais. Ao menos uma placa de proteção ou revestimento do mural foi colocada, para que ele não pudesse ser atingido ou danificado. O Painel foi doado a população do município no ano de l994, e faz uma alusão a história do descobrimento das minas de Santa Luzia, até os dias atuais, apresentando várias fases do desenvolvimento urbano da cidade de Luziânia, constituindo-se em principal marco da paisagem local. A obra pegou o cidadão de surpresa, pois nenhuma placa indicativa sinalizando, sobre o custo da obra e sobre a natureza da reforma foi explicitada aos visitantes e frequentadores daquele espaço. O cidadão que se desloca para o centro comunitário, palco da tradicional Festa do Divino depara-se com um quadro dantesco de intervenção urbana, onde se agride a arte e ao meio ambiente, em nome de um progresso que privilegia as grandes obras, em detrimento do desenvolvimento cultural e amparo social, principalmente no que se refere à segurança da população, refém do crescente índice de violência, e que padece em filas intermináveis do sistema de saúde, transporte e assistência à população. (Por: José Álfio)
REFORMA NA PRAÇA TRES BICAS
(Arvores frondosas, com as raizes expostas, arrancadas da praça Raimundo de Araújo Melo,próximas ao Painel Três Bicas, aguardam remoção. Foto: José Álfio, 2012)

terça-feira, 22 de maio de 2012

CRUZ DO DESCOBRIDOR QUAL SEU DESTINO?
(Membros da Ong-protegerlza promovem limpeza e conservãção do Monumento da Cruz do Descobridor, erigida em frenter a Igreja do Rosário de Luziânia. Foto: José álfio 2008) No dia 11 de Maio de 2012, foi protocolado (2012020716), na Prefeitura municipal de Luziânia, uma solicitação da ong-proteger, pedindo providências no sentido de colocar informação histórica na cruz do descobridor das minas de Santa Luzia. Uma placa indicativa que não comprometa as estruturas do objeto histórico. A cruz é considerada importante marco na história da cidade de Santa Luzia, hoje Luziânia, que se encontrava em frente a Igreja do Rosário, Esta cruz foi admirada por muitos visitantes e turistas, considerando sua importância na história, pois foi trazida pelo Bandeirante Antônio Bueno de Azevedo em 1746, quando da descoberta das minas auríferas aqui na região. Falo deste monumento com a preocupação de uma possível alteração nas suas estruturas, bem como da possibilidade de seu desaparecimento, da paisagem. Na ultima reforma da Igreja do Rosário, a citada cruz perdeu a sua visibilidade, encontrando-se atualmente, sem nenhuma referência, colocada na sacristia da velha igreja. O monumento, como foi publicado em artigos anteriores, não se trata de uma simples madeira cruzada e sim a cruz do fundador colocada como símbolo, que o bandeirante dando graças ao filho de Deus, a sua caminha e resultado certo. Aos 274 anos de fundação da nossa Luziânia foi doada pelo proprietário do Riacho Frio, Sr. Joaquim de Araújo Melo ao nosso saudoso pai Gelmires Reis conforme discurso escrito por ele em 1972 e lido em 14 de julho de 1993, por ocasião do centenário de nascimento de Gelmires Reis. A inauguração do monumento foi com sentido histórico e religioso e não tendo nenhum sentido a não ser a religião e a história de séculos, com a condição da edificação e a responsabilidade de quem para tanto alertamos os cuidados que a mesma necessita. Em cinco de março de 2012 na minha fala na Academia de Letras e Artes do Planalto fiz um apelo no sentido de que colocassem indicação histórica na cruz do descobridor, para que a mesma recebesse assim o destaque que ela merece na nossa história, a ideia foi recebida com entusiasmo, considerando o importante legado de Gelmires Reis, um dos fundadores da academia e que nos deixou os fundamentos para esse artigo. Esperamos que a Administração Municipal promova a proteção e destaque da cruz do nosso descobridor, valorizando assim os vestígios históricos e objetos artísticos da nossa cidade. (por: Antonio João dos Reis, filho de Gelmires Reis.)

terça-feira, 8 de maio de 2012

CASARÃO 451 PEDE SOCORRO

(FOTO: José Álfio, 2012) PROPRIETÁRIA DE CASARÃO HISTÓRICO PEDE APOIO A PREFEITURA MUNICIPAL. No ultimo dia 25 de abril de 2012, foi protocolado na Prefeitura Municipal de Luziânia, (nº 2012017023), um pedido de recursos, para auxilio na restauração de um casarão histórico de nº 451, situado na Rua do Rosário em Luziânia Go. O casarão histórico, do tempo da arquitetura dos bandeirantes, que edificaram a antiga cidade de Santa Luzia, hoje grande Luziânia, apresenta as telhas coloniais, feitas de barro, e suas estruturas são de aroeira, madeira avermelhada, bastante cobiçada pela sua durabilidade e resistência, muito comum aqui na região do planalto central, pois sua extração tornou-se quase que proibida, frente às leis de proteção ambiental. O casarão pertenceu a Sra. Francisca Meireles, e está sob os cuidados de sua filha e herdeira, Sra Brigida Meireles. O casarão faz parte do tombamento provisório amparado pelo decreto lei nº 5853 de 30 de outubro de 2003, e encontra-se em precário estado de conservação, principalmente no que se refere às estruturas do telhado e batentes de portas e janelas, bem como da parte de reboco que se apresenta bastante deteriorado. O pedido é de singular importância, já que foi restaurada, naquele mesmo bairro, a secular Igreja do Rosário, fundada no ano de 1763 (tombada pelo Patrimônio Estadual Lei 8.915 de 13 de outubro de 1980) e cujo entorno e conjunto arquitetônico é composto de edificações que integram à sua estrutura colonial e histórica sendo composta por vários casarões daquele bairro, dentre eles, o Restaurante Antigamente, a Oficina de Arte, a Casa da Cultura, o casarão do pintor D.J. de Oliveira e tantos outros da mesma época e padrão de arquitetura. Esse pedido de restauração mostra a falta de recursos da grande maioria dos proprietários de bens históricos e quebra o paradigma sociopolítico no qual acusam os moradores de edifícios históricos de não quererem a restauração de seus imóveis. Nesta ótica percebe-se que a ausência de programas de restauração e de preservação dos monumentos históricos da cidade de Luziânia ocorre por falta de vontade política, bem como da omissão dos vários gestores que administraram o acervo arquitetônico e histórico da cidade. Esperamos que o atual governo municipal não se furte da sua nobre missão em cuidar da história de nosso município, principalmente dos velhos casarões que sobrevivem na secular rua do rosário e que se restaurados, além de embelezar a nossa paisagem, mantêm viva a nossa história e faz-nos lembrar do nosso passado e se tornam um atrativo turístico dos mais promissores. (por: José Álfio)