terça-feira, 14 de julho de 2009

SOBRADO DO TRAJANINHO


Edificado na rua Coronel Antonio Carneiro número 170, centro de Luziânia Go,foi demolido na década de setenta, para no seu lugar construir a atual Mercearia Santo Antônio. O sobrado pertenceu ao Sr. Delfino Machado de Araújo, esposo da Sra Isaura Machado.
O sobrado apresentava-se com janelas e portais em verga reta, lavradas com a "enchó", instrumento de aparelhamento da madeira, basicamente "aroeira" retirada das matas aqui da região.
Construído na técnica antiga, barro com estrume de gado, algumas paredes em pau-a-pique, como mostra na foto, onde parte do reboco despreendido expõe elementos da estrutura de sustentação. Ainda com relação as janelas, apresentavam-se com corrediças, adaptadas com molduras onde eram colocados os caixilhos de vidro nas diversas possibilidade de colorações da época.
O carro de bois que aparece na foto, provavelmente pertenceu ao proprietário do casarão ao lado, Sr. Francisco de Araujo Machado, conhecido como "Chico de Tuti". Ali funcionou uma antiga coletoria, onde trabalhou por muitos anos, o senhor Benedito Braga.
A casa de pequeno porte,ao lado esquerdo do sobrado, pertenceu a Sra Maria de Ursula, prendada doceira, irmã do Sr. Benedito de Matos. (continua na próxima postagem)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CIDADE DE SANTA LUZIA (LUZIÂNIA GO)


Em maio de l8l9, esteve na provincia de Santa Luzia - hoje cidade de Luziânia, o naturalista francês, chamado Auguste Prouvensal de Saint-Hilaire. O viajante e estudioso dos lugares deixou escrito uma vasta obra intitulada "Viagem às nascentes do São Francisco e pela Provincia de Goyas".
Em Santa Luzia fez uma descrição reveladora,indicando a origem do lugar, relacionando-a ao ciclo do ouro na região, cuja paisagem deveria ser encantadora no tempo do seu esplendor. Considerando, dentre outras, uma das povoações mais agradáveis que visitou nos informa que: "Suas ruas são bastantes largas e regulares; as casas, em número de cerca de trezentas,são, na verdade, construidas de pau e barro, e menores e mais baixas que as das povoações que percorrera até então, mas são todas cobertas de telhas, rebocadas com esta terra branca que chamam tabatinga no interior do Brasil, e algumas tem nas janelas caixilhos de talco tão transparente como o vidro." (Paulo Bertran, "História da Terra e do Homem no Planalto Central". pag. 208)